A ida de Borja para o River Plate não vai mais acontecer, de acordo com Juan Pablo Pachón, empresário do jogador. Diante da crise econômica na Argentina, o River não conseguiu apresentar garantias econômicas ao Junior Barranquilla.
A negociação tinha o Palmeiras como parte interessada, já que o Verdão ficaria com metade dos US$ 7 milhões (R$ 37,7 milhões) que o River iria pagar pelo centroavante. O clube ainda aguarda o desenrolar desta novela.
Depois de dias de negociação, Palmeiras, Junior Barranquilla, River Plate e Borja tinham chegado a um acordo. Mas no começo desta semana, o Banco Central da Argentina anunciou algumas medidas para controlar a crise econômica, dentre elas a interrupção da venda de dólares no câmbio oficial.
A determinação visa frear a saída da moeda estrangeira no país. Com isso, o câmbio paralelo, o chamado dólar blue, disparou. Empresas e outras entidades, como os clubes de futebol, podem fazer operações com o chamado dólar MEP, ou dólar Bolsa. Mas a cotação é o dobro do oficial.
Conforme publicou o Clarín, o River tem 195 milhões de pesos argentinos, que seriam destinados ao pagamento de US$ 1,5 milhão (R$ 8 milhões) para o Junior Barranquilla, referente à primeira parcela da transferência. Com a medida do governo, o valor saltaria para 408 milhões de pesos.
Mesmo que estivesse disposto a fazer a negociação com este dólar MEP, há um trâmite burocrático que obriga a compra inicial de pesos para só depois de 24h vender por dólares.
Diante deste cenário nebuloso, o Junior Barranquilla preferiu recuar, mesmo que Borja já tivesse até se despedido dos companheiros no clube colombiano.
O Palmeiras era parte interessada, mas não tem o que fazer diante deste cenário. O clube apenas negociou para receber um valor satisfatório, já que ainda tem 50% dos direitos econômicos de Borja.
Melar o negócio é uma frustração para o Verdão, que com esta venda calculava ficar próximo de recuperar 70% do valor investido para contratar o centroavante do Atlético Nacional.
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